terça-feira, 23 de outubro de 2012

As IV Jornadas Missionárias da Diocese de Portalegre – Castelo Branco



As Jornadas Missionárias Diocesanas de Cernache do Bonjardim constituem já a quarta edição do evento, pensada e realizada pela primeira Equipa do Secretariado, à frente da qual esteve o P. Agostinho Sousa, então o pároco de Ponte de Sôr. Desse elenco original, permanecem no Secretariado Diocesano das Missões o casal Luísa Fernandes e Sérgio Marques de Abrantes, como também a Ir. Adriana Torquato MMI dos Envendos.
O Secretariado das Missões tem, na preparação e realização das Jornadas, uma preciosa colaboração do Secretariado da Pastoral da Juventude e o da Educação Cristã.
Como a data da sua realização, foi escolhido o penúltimo sábado do mês de Outubro, mês missionário – dia que antecede o penúltimo Domingo de Outubro, celebrado cada ano na Igreja Católica como o Dia Mundial das Missões.
A inauguração das Jornadas na nossa diocese aconteceu em Abrantes, em 2009, ainda com o intuito de estudar melhor a dinâmica a implementar no futuro. As Jornadas seguintes, no arciprestado de Castelo Branco, concretamente em Alcains, tiveram já um figurino bem preciso sendo, aliás, vividas por um número considerável de participantes. A terceira edição, situada no arciprestado de Ponte de Sor  nomeadamente em Nisa, no ano passado, ficou marcada pelo empenho da comunidade local.
Este ano, é a vez do arciprestado da Sertã a acolher os participantes desta efeméride, no ano em que o Dia Mundial das Missões, como escreve o Papa Bento XVI, “reveste-se de um significado especial pelo facto de celebrarmos os 50 anos da convocação do Concílio Vaticano II, pela abertura do Ano da Fé, e, ainda, pelo Sínodo dos Bispos dedicado à Nova Evangelização”.
Com toda a Igreja, também nós, os cristãos desta Igreja Particular de Portalegre – Castelo Branco, queremos reafirmar a vontade de nos empenhar com mais coragem e ardor na Missão de Jesus Cristo, que é a nossa missão, sentindo-nos chamados, “a fazer brilhar a Palavra da verdade”. No contexto do Sínodo Diocesano, que está a evoluir para uma nova fase, queremos, assim, afirmar a nossa fé em Jesus Cristo, convencidos que o melhor testemunho do Senhor morto e ressuscitado é o anúncio que se faz caridade.



Após vários encontros e muitas horas de estudo, planeamento e de presença ‘no terreno da acção’ por parte dos membros do Secretariado Diocesano das Missões e das OMP (Obras Missionárias Pontifícias), a realização das quartas Jornadas Missionárias Diocesanas tornou-se um facto. Conforme previsto, o evento aconteceu no sábado de 20 de Outubro em Cernache do Bonjardim, ‘abençoado pelo céu’ num dia agradável que se fez notar, e beneficiando da presença numerosa de participantes vindos de vários cantos da nossa Diocese, primando, neste aspecto, os ‘da casa’ (sendo que foi o arciprestado da Sertã que nos acolheu este ano).

A concentração começou pelas 9.30 no espaço junto do Pavilhão Multiusos em Cernache, onde teve lugar o acolhimento e um momento da animação (obrigado aos escuteiros). Seguidamente, todos os participantes foram divididos em três grupos etários - adultos, jovens/adolescentes e crianças - que se deslocaram aos respectivos lugares das atividades  Assim, os jovens permaneceram no ‘Multiusos’; os mais novos, percorrendo umas dezenas de metros, dirigiram-se ao Instituto Vaz Serra, enquanto os adultos foram encaminhados para o Centro Pastoral Paroquial.



Para a realização de todas as actividades  desenvolvidas entre as 10.30 e as 13.00 horas, contamos com a colaboração de vários intervenientes, nomeadamente catequistas, jovens, religiosas, sacerdotes e membros da comunidade paroquial local. De destacar foi a presença dos convidados do Secretariado para as Jornadas, nomeadamente o P. António Leite - missionário da Congregação do Verbo Divino (adultos), o P. David Nogueira – sacerdote da Diocese de Leiria - Fátima (jovens e adultos) e a Diana Salgado – leiga missionária ligada aos Missionários da Boa Nova (jovens e adultos). Eram três testemunhos cheios de convicção, e que nos ajudaram a refletir não só acerca da natureza missionária da Igreja, como também a recordar as razões da nossa identidade cristã. Para além das imagens cativantes e bem ilustrativas da realidade missionária, os convidados transmitiram-nos uma mensagem de incentivo e encorajamento para a vivência da nossa fé no dia-a-dia. Fundamentando-se na sua própria experiência, os três fizeram-nos ver que o anúncio da Boa Nova, devendo obrigatoriamente acontecer nas terras longínquas, tradicionalmente apelidadas de ‘missionárias’, deve partir sempre do ‘aqui e agora’ da nossa vivência diária do mistério de Cristo morto e ressuscitado.
As Jornadas deste ano ‘coabitaram’ com outros dois eventos de relevada importância na vida da nossa Diocese. Embora as Jornadas Missionárias propriamente ditas terminaram com o almoço, os seus (muitos) participantes integraram-se, à tarde, tanto nos trabalhos da Assembleia Diocesana como na celebração eucarística da Abertura Solene do ano da Fé na Diocese de Portalegre – Castelo Branco. No fim do dia, como acontece sempre na celebração da missa, fomos enviados, pelo D. Antonino Dias, numa missão de viver com autenticidade e compromisso a nossa fé.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

IV Jornadas Missionárias Diocesanas



Diocese de Portalegre – Castelo Branco
Cernache do Bonjardim – 20 de Outubro de 2012


À semelhança dos anos anteriores, no penúltimo sábado de Outubro – dia 20 - (antecede ao Dia Mundial das Missões),realizar-se-ão as Jornadas Missionárias Diocesanas da Diocese de Portalegre – Castelo Branco. Esta 4ª edição será acolhida pelo arciprestado da Sertã, nomeadamente pela paróquia de Cernache do Bonjardim, contando com a participação de crianças, jovens e adultos de vários lugares da nossa diocese, na presença do Sr. Bispo D. Antonino Dias.
Prevê-se uma tarde muito animada, num clima missionário de abertura, partilha e interacção.
Contamos com a Tua presença!

domingo, 7 de outubro de 2012

Secretariado Diocesano das Missões reúne em Cernache do Bonjardim




No primeiro dia do mês ‘missionário’ de Outubro reuniu, em Cernache do Bonjardim, a Equipa do Secretariado Diocesano das Missões e das Obras Missionárias Pontifícias. O objectivo principal deste encontro prendeu-se com a preparação das Jornadas Missionárias Diocesanas, a decorrer no dia 20 deste mês, precisamente nesta acolhedora paróquia de Cernache. Pelo mesmo motivo, para além dos membros do Secretariado, na reunião marcaram presença pároco local, o Pe. Paulo Jorge Ribeiro, várias catequistas deste arciprestado anfitrião das Jornadas (o da Sertã), assim como os representantes dos Secretariados Diocesanos da Educação Cristã da Infância e Adolescência (Ir. Maria Isolinda de Almeida) e o da Pastoral da Juventude e das Vocações (Pe. Rui Rodrigues).
Após uma visita aos locais que acolherão as Jornadas e ‘reforçados’ pelo jantar oferecido pelo pároco, debruçámo-nos, contando já com a presença das simpáticas catequistas, sobre as dinâmicas que irão orientar os vários momentos do evento.
Para além de informação e esclarecimentos, esta reunião serviu igualmente para comprovar que o processo de preparação das Jornadas está bem encaminhado, e que, funcionando em equipa, as tarefas tornam-se mais fáceis e efectivas. Temos, pois, motivos fortes para esperar, por parte dos participantes, uma óptima adesão.

Secretariado MOMP

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Entrevista P. António Lopes, director das OMP


O P. António Lopes, natural da Aldeia da Ponte, diocese da Guarda, depois da sua formação em Portugal e da ordenação presbiteral em 1986, recebeu como destino missionário o Togo. Foi director e professor no Instituto S. Paulo e após ter feito estudos sobre a Sagrada Escritura em Paris regressou ao Togo e foi também director de um Centro Bíblico de Lomé, a capital daquele país. De regresso a Portugal integrou-se na comunidade de Tortosendo. Dali foi para Guimarães onde foi Superior durante três anos e assumiu a responsabilidade pastoral da paróquia de S. Cristóvão de Selho.
Desde a sua formação inicial colaborou e promoveu várias publicações de cariz bíblico e missionário.

Passado pouco mais de um ano da sua nomeação para o cargo de Director Nacional das Obras Missionárias Pontifícias que balanço pode fazer?
- Eu tive a sorte de entrar no "comboio das OMP" em andamento positivo graças ao bom trabalho do P. Durães, o anterior director das OMP. Praticamente eu segui o que ele já tinha delineado, e bem. Contudo houve algumas coisas novas que fomos colocando em acção. A primeira de todas foi o encontro com os directores diocesanos das OMP. Um encontro cosiderado por todos como muito positivo. Aí podemos conversar sobre as dificuldades que encontramos na maneira de pôr en acção o dinamismo missionário. Também partilhar o que fazemos e como o fazemos. Há já muita coisa boa que se vai fazendo em cada diocese. Umas estão mais avançadas outras menos. Mas o ardor que escutamos de uns e de outros em dar rosto à carta Pastoral dos bispos: "Como eu vos fiz fazei vós também" é um sinal claro de que nos sentimos empenhados na mesma Missão.
Uma segunda acção nova é o empenho que colocamos em desenvolver a Infância Missionária. Todos estamos empenhados neste serviço lindo de colocar as crianças, adolescentes e jovens em sentido missionário. De abrir os orizontes da fé para que a minha descoberta de Jesus seja partilhada com outras crianças do mundo inteiro. Para isso desenvolvemos todo um percurso em cinco anos que abrange os cinco continentes. Começámos este ano com a Ásia.
Porquê a Ásia?
- Porque é aí que se encontra a grande maioria da população que ainda nunca ouviu falar de Jesus. E se as crianças com a sua simplicidade e abertura olham para a Ásia com carinho então penso que a sua acção em favor dos outros se traduz em amor, esse mesmo amor de Jesus que a ninguém excluía mas que a todos acolhia.

Que outras acções?...
- Tivemos as Jornadas missionárias no passado dia 14 a 16 de Setembro. Tiveram um outro modelo. As pessoas, de uma maneira geral, gostaram. Disseram que foram mais leves e mais participativas da parte de todos. No dia 16, domingo, inserimo-nos nas cerimónias do Santuário, recitação do Terço na capelinha e Eucristia no recinto. O terminar as Joranadas com a Eucaristia no recineto é o primeiro passo, passinho pequenino, para uma ideia a palpitar que é a Peregrinação nacional da Missão. Não apenas para as pessoas que participam nas Jornadas, mas para todos os cristãos de todas as dioceses. Seria a nossa Peregrinação Nacional da Missão.
Como vê, estamos pouco a pouco a dar alguns passos que me parecem muito positivos.

Como vê que o “Ano da Fé” possa contribuir para o revigorar duma identidade missionária da Igreja?
- O santo Padre na carta "A porta da Fé" diz que o"Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo". Quem se encontra verdadeiramente com Cristo, não pode ficar igual. Ele como os Magos no evangelho de Mateus, já nãopodem percorrer o mesmo caminho de antes, têm de ir por outro caminho, o de Jesus. O encontro com a Samaritana, no evangelho de Jesus é exemplo claro disso mesmo. O seu encontro com Cristo, mudou por completo a sua vida. Abandona o cântaro da vida que levava que começa a anunciar Aquele com quem se encontrou: "Vinde ver um homem que me disse tudo...", ao ponto que também os samaritanos ficam de tal maneira admirados que pedem a Jesus que fique com eles. Essa é a maneira de ser missionário: Encontro verdadeiro com Jesus, ficar com ele e depois ir levá-lo aos outros. É a dinâmica da Fé. A Fé leva necesariamente à missão, ao anúncio claro e apaixonado de Jesus.

Qual a situação geral da animação missionária em Portugal?
- Penso que ela está em "gestação" avançada, quer dizer todos: Dioceses, OMP, Institutos missionários estão a trabalhar em conjunto no anúncio da Boa Nova. Existe hoje uma grande convergência de entendimento entre os institutos religiosos missionários e as estruturas diocesanas portuguesas. Naturalmente que há ainda muito a fazer para aquilo que eu chamo de voltar a existir uma "cultura missionária" em Portugal. Fazer com que todas as pessoas estejam despertas à Missão. Missão que não é apenas celebração de  sacramentos, mas que abrange todos os sectores da vida humana. O seu desenvolvimento integral a nível religiosos, cultural, social, politico e económico. E para isso são necessáriastodas aspessoas e não apenas um grupo ou o grupo dos cristãos católicos. A "cultura missionária" deve abraçar todos os sectores, aquilo que eu chamo de pessoas de boa vontade. Pessoas que vêem neste trabalho da Missão, de dedicação ao outro, algo de importante para formar a grande família humana.

 Em particular, nas paróquias, que iniciativas se podem promover de cariz missionário?
- Dar um maior relevo às celebrações do Dia Mundial das Missões, da Infância Misionária no dia da Epifania, no Baptismo do Senhor, no Tempo Pascal, etc. Criarem na paróquia grupos de oração pela Missão.  Fazer a descoberta da Carta Pastoral "Como eu vos fiz, fazei vós também" para que a partir desse "fogo" missionário nos corações de todos se possa criar ou estabelecer com mais ardor os grupos missionários paroquiais. Os conselhos missionários diocesanos. A minha vontade era ver que cada paróquia se interessa-se pela outra que está ao seu lado e assim sucessivamente e que ninguém se fechasse na sua "capelinha".

O envio de missionários leigos tem aumentado nos últimos tempos (Portugal terá neste momento cerca de 800 missionários um pouco por todo o mundo). Que desafios e oportunidades representam para a Igreja portuguesa estes números?
- A grande oportunidade para a Igreja em Portugal é esse sentir missionário  É esse criar uma "cultura missionária". É estar abertos à novidade que aqueles que foram em missão trazem para o nosso meio um outro olhar, um outro saber, um outro sabor, de partilha de experiências e de fé. É o estar embuídos deste sentir que a descoberta que fizemos de Cristo não podemos guardá-la só para nós. Que 60% por cento da humanidade ainda desconhece Jesus Cristo, e está à espera de quem lho dê a conhecer para que em total liberdade e conhecimento possa depois optar também ele por uma adesão apaixonada deste Jesus em quem acreditamos e cremos que é a Salvação do mundo.