segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A missão em tempo de globalização

0 mundo de hoje foi definido como aldeia global. Neste mundo sem fronteiras, as distâncias de tempo e de espaço quase desapareceram. 

Com o contínuo aperfeiçoamento dos meios de comunicação, com as novas gerações de telemóveis, telefax, e-mail e internet, as ideias, as imagens e os valores circulam vertiginosamente em todas as direcções. As grandes potências da técnica e da economia dominam e controlam todas estas estradas da comunicação para fazerem circular os seus produtos, a sua cultura e os seus interesses. (Exemplo de circulação de vestuário, discos, cassetes, vídeos, filmes ) As culturas minoritárias que não têm capacidade para competir com estes gigantes são automaticamente excluídas deste processo.

E processo de globalização é dominado por uma economia de mercado. Procura-se satisfazer o consumo imediato e criam-se necessidades para fomentar esse consumo. Assim, continuamente são lançados modelos novos que anulam os anteriores: máquinas, carros, electrodomésticos, produtos alimentares. A vida útil de uma máquina da primeira revolução industrial era de 50 anos; depois passou para vinte; hoje é de três anos. 50 por cento dos produtos que fazem o nosso quotidiano alimentar, não existiam há 25 anos atrás.

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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Neste Advento... D.Antonino apela à generosidade e à partilha




O Advento é um tempo de esperança e de optimismo. Um tempo que faz apelo àquele optimismo e àquela esperança que liberta: Jesus Cristo, o Salvador, que veio para servir e não para ser servido, que amou até ao fim para promover, libertar e salvar. Esta tem de ser a atitude do discípulo de Cristo que sabe que só “a caridade das obras garante uma força inquestionável à caridade das palavras” (João Paulo II, Novo millennio ineunte, 50).
Os tempos que vivemos são sombrios. Os próximos, segundo os entendidos, não serão melhores. O desemprego vai continuar a subir e vai durar!...
As Dioceses portuguesas têm feito eco das suas preocupações e iniciativas dentro deste contexto. A situação é geral e preocupante e a busca de ajuda é crescente.
Só a Caritas da nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco, no corrente ano, acolheu 5415 pessoas no atendimento social, tendo disponibilizado alimentos, vestuário, electrodomésticos, mobiliário, dinheiro e “tickets restaurante”. Encaminhou projectos de criação de emprego financiados pelo Micro crédito e pela ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores.
Tudo isto implica uma profunda reflexão para agir e ajudar a ser e a viver com dignidade.
Não se resolve nada de costas voltadas uns para os outros e, muito menos, uns contra os outros ou a ver quem faz mais - ou só diz melhor! - para contabilizar “créditos” e os fazer valer em momentos de alimentar o seu próprio ego. Esta maneira de estar e agir desumaniza e humilha aqueles a quem se julga ter servido e ajudado: isto o digo em relação às Instituições, Movimentos e Obras diocesanas que espero que entendam e nos ajudem a organizar o Serviço da Caridade para melhor responder e amar. Se assim não for, tudo poderá, então, servir para satisfazer sentimentalismos inúteis ou consciências mal formadas. A Acção Social da Igreja e de cada um dos cristãos deverá ser sinal visível da atitude e acção de Cristo no serviço da Caridade e na partilha fraterna de bens para, em comunhão e unidade, minimizar os efeitos da crise sem com isso querer retirar nem esconder a especificidade própria de cada um dos Serviços, Obras e Movimentos da Pastoral Social. A organização também é caridade e a caridade tem de ser apanágio dos Movimentos de Caridade Cristã. Perante tantas necessidades e os parcos recursos existentes, estes têm de ser geridos em conformidade e consciência.

APELO NACIONAL E DIOCESANO

Bento XVI, há seis meses atrás, no dia 13 de Maio, em Fátima, manifestou a todos os agentes da Pastoral Social e às suas Instituições, a necessidade de reflectir a “questão social” e sobretudo a prática da Compaixão, da Caridade, com todas as consequências do conteúdo bíblico destas expressões e conceitos. Ultrapassando as atitudes meramente assistencialistas, precisamos de ir ao encontro da pessoa toda, ajudando no âmbito psicológico e espiritual e na construção de um projecto de vida inclusivo, que lhe permita o retomar da Esperança.
Porque a fome já atinge muitas famílias afectando, sobretudo, os mais débeis, crianças e idosos, para além doutras iniciativas, está constituído um Fundo Social Solidário aprovado pela Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (conta no Millenium BCP com a designação Fundo Social Solidário, com a NIB 0033 0000 0109 0040 15012, podendo ainda ser usada a Rede Multibanco – Entidade 22222 e Referência 222 222 222) , e um Fundo Diocesano gerido pela Cáritas Diocesana (a enviar para a sede da Caritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco). Estes Fundos destinam-se a apoiar os mais débeis, sejam quais forem os credos ou origens e tem como objectivo contribuir para a solução de problemas sociais e cooperar no aprofundamento e actualização da acção social da Igreja.
A tradição da Igreja diz que em caso de extrema necessidade todos os bens são comuns e, quando alguém passa necessidade, o que damos não é nosso, estamos obrigados a dar. O Papa Bento XVI na Encíclica “Caritas in Veritate” nº 6 reafirma: “Não posso «dar» ao outro do que é meu, sem antes lhe dar aquilo que lhe compete”. Só uma sociedade que se deixe conduzir por estes princípios será uma sociedade mais rica e mais humana.

INVESTIR, PRODUZIR, SEMEAR E POUPAR

É evidente que esta solidariedade não dispensa a luta e o apelo à iniciativa geradora de trabalho. Implica humanismo, sentido dos outros, capacidade de inovação e investimento por parte daquelas pessoas que têm capital. Não permite que aquele que não tem trabalho deixe cair os braços e não se mexa à procura do mesmo ou o rejeite quando ele lhe bate à porta. Faz ir no encalço de soluções libertadoras capazes de gerar auto-suficiência económica dentro duma cultura que sabe gerir bem as economias familiares, faz ganhar o gosto pela poupança e leva a reduzir os gastos inúteis ou dispensáveis dentro duma pedagogia familiar que se torne um dever e um caminho a trilhar. Leva a sentir a necessidade de querer aprender a semear para ter e colher aquilo que sempre foi uma pequena agricultura de subsistência. Hoje, uns porque não podem (já trabalharam muito!), mas outros porque não querem, ou não sabem nem querem saber, entendem que isso é obrigação de terceiros e, sentindo-se dispensados de aprender a fazer, esperam que tudo lhes chegue de outro lado sem qualquer espécie de esforço ou preocupação.
É urgente “um novo equilíbrio entre agricultura, indústria e serviços, para que o desenvolvimento seja sustentável, não falte pão para ninguém e para que o trabalho, o ar, a água e os demais recursos primários sejam preservados como bens universais (Caritas in Veritate, 27).
Como seria bom que também houvesse cursos remunerados para ensinar a cavar e a semear!...
Façamos do Advento uma caminhada de esperança e optimismo, de vivência verdadeiramente cristã, de partilha solidária, de mudança de mentalidade, sabendo apontar a todos a pessoa de Jesus Cristo, o Seu despojamento total por todos nós, o que Ele fez e disse, como disse e fez.

25 de Novembro de 2010

+ Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Vigília de Oração pela Vida Nascente


A proposta foi lançada pelo Papa em Junho deste ano, anunciando que, na véspera do primeiro Domingo do Advento, se propunha a dedicar um tempo de oração pela Vida nascente. O Papa convidou toda a Igreja, as dioceses, mas também as paróquias, as comunidades religiosas, os movimentos e grupos a unirem-se a ele nesta Vigília de Oração. Recordar as crianças que estão por nascer mas já foram concebidas tem as duas notas típicas do Advento: a esperança na vinda de Deus – de que cada criança desde o momento da concepção é um sinal – e o apelo de Deus a que todos assumam a responsabilidade de promover e defender a vida em todas as suas fases.



A Europa atravessa actualmente, como todo o mundo ocidental, uma trágica crise demográfica. Aquilo que muitos já chamam o inverno demográfico pode ter várias razões: o medo do futuro, a falta de esperança, o cansaço, o materialismo, o egoísmo, a falta de comoção perante uma vida humana, a banalização da contracepção e a liberalização do aborto, a ausência de políticas de apoio à família e à natalidade, o aumento do custo de vida. Mas é um facto que entre os católicos praticantes (e não é por estes serem mais ricos) há mais filhos do que a média. Isto mostra como muito depende da nossa confiança em Deus e da força do amor que vem de Deus e que nos leva a ser solidários e a ajudar-nos uns aos outros.

São já muitos os países da Europa que aderiram à iniciativa do Papa e se unem ao Papa não apenas para reforçar o alerta para a situação grave em que nos encontramos com falta de crianças, mas também para proclamar bem alto a esperança e a confiança em Deus. A necessidade de defender a vida humana desde a concepção é sentida hoje em todos os países da Europa e do mundo. A legislação que tende a ser cada vez mais permissiva e a deixar as crianças desprotegidas e as mães abandonadas a si mesmas é algo que, infelizmente, ainda está em fase de expansão. É estranho que na Europa se gaste mais dinheiro a fazer abortos do que a ajudar quem quer ter filhos e as instituições de apoio à vida.

A iniciativa do Papa, por isso, é um apelo, que interessa todos os países. O Papa não quer que ninguém que acredita no valor da vida humana desista e sabe que esta é hoje uma grande tentação. 
Alguns políticos, mesmo dizendo-se católicos, como acontece em Portugal, têm desistido de lutar pela defesa da vida considerando irrevogável o caminho feito na liberalização do aborto e que o problema agora é a crise económica. Não se pense, no entanto, que será resolvendo a crise económica que se passará a ter mais filhos. Será, antes pelo contrário, o amor à vida e a promoção da verdadeira família que gerará mais solidariedade e confiança para mudar a situação económica.
Os cristãos, não só os católicos, mas também de outras confissões, nomeadamente os ortodoxos (alguns dos quais já aderiram à proposta de oração do Papa), embora não sejam os únicos a defender a vida, têm uma responsabilidade particular. Por um lado, têm a consciência do valor da vida nascente, e sentem o dever de promover a natalidade e a família (a começar pela sua própria), por outro lado, sabem que estão diante de uma luta que é maior do que as nossas forças e que sem a graça de Deus acabam por esmorecer.

Quando aumentam os perigos para a vida nascente os cristãos de toda a Europa devem, necessariamente mostrar que não desistem. Talvez este seja um dos mais importantes objectivos do Papa: manter viva a consciência de que há algo de errado num mundo que despreza o direito a nascer, e, por outro lado, manter viva a chama do amor à vida e continuar a anunciar a todos o amor de Deus que nos faz amar a vida de todos e cada um dos homens. A oração, deste modo é entendida como acto de confiança em Deus, mas também ocasião para nos colocarmos em acção, protegendo mulheres e crianças, e promovendo políticas justas que defendam a vida, sobretudo a mais vulnerável.

In Ecclesia - Padre Duarte da Cunha, secretário-geral do CCEE

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Tomada de hábito

No dia 18 deste mês, após um ano de experiência e formação, na Comunidade de Cristo de Betânia, em Famalicão, Ana Paula Garcia Marques, recebeu o hábito e deu um passo em frente na sua caminhada de consagração. Filha de João Nobre Marques e de Maria José Segundo Garcia, nasceu em Ponte de Sor a 27 de Novembro de 1973. No seguimento de um conhecimento e amadurecimento vocacional, decidiu deixar tudo para viver um novo estilo de vida.
A Comunidade Cristo de Betânia é uma nova Comunidade de Vida contemplativa e missionária.
Integra cristãos de todos estados de vida, capazes de contribuírem para a realização dos seus objectivos. Os carismas da Comunidade têm a ver com a situação dos homens e mulheres do nosso tempo e da Igreja de hoje. Tem casas e centros de escuta e ajuda fraterna em Fátima e em Famalicão (casa de formação) e centros de atendimento em Braga, Lisboa, Setúbal e Funchal e, no estrangeiro, no Brasil, Timor-Leste e Austrália.

P. Agostinho Sousa

terça-feira, 23 de novembro de 2010

As bem-aventuranças para a Acção Social

1 - Bem-aventurados sois vós, quando permaneceis disponíveis, partilhando com simplicidade o que possuis.

2 - Bem-aventurados sois vós, quando chorais pela falta de felicidade ao vosso redor e no mundo.

3 - Bem-aventurados sois vós, quando optais pela doçura e pelo diálogo, ainda que isso pareça longo e difícil.

4 - Bem-aventurados sois vós, quando criativamente inventais ideias novas, formas de doar vosso tempo, partilhar vossa ternura e semear a esperança.

5 - Bem-aventurados sois vós, quando sabeis escutar com o coração para descobrir o presente que são os outros.

6 - Bem-aventurados sois vós, quando experimentais dar o primeiro passo necessário para construirdes a paz com os irmãos e irmãs através do mundo.

7 - Bem-aventurados sois vós, quando conservais o coração aberto ao encantamento, à acolhida e ao questionamento da vida.

8 - Bem-aventurados sois vós, quando tomais a sério a fé no Cristo encarnado.


(Celebração feita na Comissão da União dos Superiores Maiores
para a Justiça, a Paz e a Integridade da Criação)




Vale a pena pensar...


sábado, 20 de novembro de 2010

Sínodo Diocesano: Porquê?

Acredito que muitos já se tenham interrogado sobre as razões para a realização de um sínodo na nossa diocese. Acredito que alguns terão enumerado algumas. Com certeza, elas são muitas e variadas. Também eu alinho algumas, para reflexão comum.

- Porque a Igreja e as sociedades - afinal, as pessoas que as constituem - mudaram muito e continuam a mudar: o pensamento, os critérios, os valores, a acção, as perguntas e as respostas. E tudo isto exige muita atenção por parte dos cristãos;

- Porque se reconheceu que o sínodo diocesano pode ser um meio adequado e necessário, para intensificar a comunhão e fomentar a co-responsabilidade de todos: Bispo, padres, diáconos, consagrados, leigos, movimentos, associações, obras diversas;

- Porque há problemas novos a enfrentar, nas sociedades de hoje: as novas formas de pobreza - e as velhas que teimosamente perduram - que sempre degradam a dignidade da pessoa humana; a corrosão da vida familiar tem-se intensificado e assusta muita gente, com razão; a difusão de novas propostas de prática religiosa, em detrimento da prática cristã; o subjectivismo moral cada vez mais enraizado na prática de muita gente, mesmo de muitos cristãos, por força do qual se aprofunda e alarga a degradação moral;

- Porque, além dos permanentes, há desafios pastorais novos, que importa analisar à luz do Evangelho e da missão da Igreja diocesana. Enumero alguns:

* A pregação e o testemunho de Cristo e do seu Evangelho, numa sociedade cada vez mais indiferente a uma proposta de vida, segundo os critérios evangélicos;
* A nova evangelização, com novos métodos, novos meios, novo ardor, dirigida a destinatários diferenciados: aos que ainda desconhecem o Evangelho e a Pessoas de Cristo; aos que, baptizados embora, abandonaram a prática da fé, que a verdade do Baptismo pressupõe; aos que, permanecendo fiéis ao seu Baptismo, precisam de a aprofundar, envolvidos como estão num mundo que mudou e desafia.
* A utilização dos novos meios de difusão do Evangelho, nomeadamente através da internet, seguindo o exemplo da Sé Apostólica;
* A formação permanente dos cristãos, visando a maturidade da sua fé e a consolidação de comunidades cristãs activas, com a força do fermento, da luz e do sal, no mundo de hoje;
* O envelhecimento dos Padres e das comunidades cristãs da nossa diocese e, daí, a necessidade de criar e dinamizar novos ministérios e serviços na vida da Igreja diocesana: diáconos permanentes, ministros extraordinários da celebração dominical, ministros extraordinários da comunhão, catequistas; grupos de acção social e caritativa....
* A criteriosa distribuição dos Padres disponíveis - são cada vez menos e as necessidades são cada vez maiores - para o seu ministério específico na Igreja diocesana;
* A assistência pastoral às Comunidades cristãs a que o Padre cada vez mais raramente chega, desafio sentido cada vez com maior acuidade entre nós;
* A acção pastoral adequada para o despertar e o acompanhamento vocacional dos jovens, nomeadamente as vocações para o sacerdócio ministerial e para a vida consagrada, religiosa ou laical, mas também para a vida em família, assente no Sacramento do Matrimónio;

- Porque a Igreja diocesana no seu todo e nas comunidades cristãs deve continuar a ser sinal da presença de Jesus Cristo vivo no seu seio: é uma razão teológica profunda, que não podemos esquecer;

- Porque o Espírito Santo, dado à Igreja por Cristo ressuscitado, continua a sua acção transformadora dos corações e porque todos a Ele devem abrir-se. É esta outra razão teológica de que todos devemos estar conscientes. O Espírito Santo é que conduz a Igreja, ainda que através de pessoas concretas, atentas os seus sinais;

-Porque importa renovar iniciativas e métodos já experimentados noutros tempos, se ainda válidos, mas também abrir caminhos novos, para a acção pastoral eficaz. Esta tarefa exige trabalho em comum, espírito de Igreja e fidelidade ao Espírito de Deus.

- Porque é imperioso reacender a chama da fé mortiça na vida de muitos cristãos;

- Porque se torna necessário dar expressão comunitária visível à fé que se vive;

- Porque muitos homens e mulheres anseiam pela palavra, reclamam o testemunho e esperam a acção específica da Igreja diocesana.

Pe Bonifácio Bernardo

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Diocese Portalegre-Castelo Branco...VIVE A MISSÃO!

“… a Diocese seja uma verdadeira escola e casa da comunhão, toda ela missionária e de rosto materno.” (D. Antonino, a 12 de Outubro de 2008, dia da tomada de posse)

Desde que chegou à Diocese de Portalegre-Castelo Branco, D. Antonino, tem procurado pôr em prática uma das passagens mais emblemáticas da sua homilia, quando assumiu o múnus pastoral, em Outubro de 2008.

Em Março seguinte, fez a nomeação do Secretariado Diocesano das Missões, composto por dois sacerdotes, uma religiosa, um casal e uma jovem. Conhecer a realidade e descobrir metas, fazer propostas, criar a consciência missionária e promover dinâmicas para um empenho das gentes e das estruturas, foram passos dados desde cedo. Contactar com outros que já tinham partido à descoberta (secretariados diocesanos, grupos missionários, jornada nacional) foi um outro passo necessário e encorajador.

Começamos por fazer um levantamento das congregações missionárias (masculinas e femininas) que trabalham na Diocese, uma busca das povoações que viveram a Missão Popular (33 paróquias, com perto de 400 comunidades) e das acções missionárias, promovidas por grupos de jovens, durante as férias de verão.

A primeira acção mais visível aconteceu com a realização da 1ª Jornada Missionária, em Abrantes, em Outubro de 2009. Acorreu muita gente e a dinamização contou com grupos missionários (JSF, Ondjoyetu, JMV, Caminhantes da Paz) e com o P. Tony Neves (Missão Ad gentes) e o P. Álvaro Cunha (Missão Popular). Foi um tomar o pulso à capacidade de mobilização e resposta.

A partir da mensagem do Papa para o dia das Comunicações Sociais “O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos media ao serviço da Palavra”, em que lança um desafio e um apelo para que as novas vias de comunicação abertas pelas conquistas tecnológicas se tornem instrumentos da Palavra, é criada a página “Secretariado Diocesano das Missões”, com o endereço http://sdmissoesportalegrecastelobranco.pt.vu, um espaço de informação, formação e cruzamento de notícias, da diocese, dos movimentos e grupos missionários, onde se podem encontrar acontecimentos, mensagens, propostas.

A proximidade com o clero local, com secretariados e obras, a entrega atempada e abundante do material próprio do Dia das Missões, tem ajudado a uma partilha maior do âmbito da acção do Secretariado.

O surgir da Carta dos Bispos “Para um rosto missionário da Igreja, em Portugal” motivou já a proposta de um tempo de formação para os Sacerdotes, aquando da Semana de Formação, em Janeiro próximo. A formação do Grupo Missionário Diocesano está a dar os primeiros passos e será a nova aposta.
No sábado, 23 de Outubro, aconteceu a 2ª Jornada Missionária, em Alcains. Foi um momento forte, vivido por grandes e pequenos, em vários ateliers e tempos de formação. Eram mais de 700 participantes. Os adultos trabalharam a Carta dos Bispos; os mais novos, figuras e modelos de missionários e o desafio sempre novo: “Ide e anunciai!”.

Algo se fez, mas muito mais há a fazer. A Missão não se esgota: é sempre nova e exigente. A seara é imensa: Urge abrir horizontes, meter pés ao caminho, desbravar terrenos e continuar a semear. É essa a nossa tarefa, é esta a nossa aposta.

P. Agostinho Sousa – Director Diocesano das OMP
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Religiosos querem Igreja «mais próxima da pessoas»


Presidente da Confederação nacional apela à esperança num momento difícil para o país




Os religiosos e religiosas portugueses pretendem contribuir, através de reflexões e acções, na dinâmica do «Repensar a Pastoral da Igreja em Portugal» que mobiliza a Igreja Portuguesa nos próximos anos.
Em declarações à ECCLESIA, o padre Manuel Barbosa, presidente da Confederação dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) realça que a Igreja deve “estar atenta às situações e mais próxima da pessoas”.
De 15 a 17 deste mês, em Fátima, os consagrados estiveram em Assembleia-Geral. Neste encontro da CIRP, os elementos também tiveram em conta os momentos actuais. “É a leitura dos sinais dos tempos ou dos ventos como costumo dizer, os tais ventos do espírito que nos falam”, disse o sacerdote Dehoniano.
A atenção às realidades e problemáticas vigentes devem ser vistas com “um olhar de esperança que nos vem deste habitar de Deus em nós”. A crise acentuada é visível, mas o presidente da CIRP espera que “com os esforço de todos” ela possa ser ultrapassada.
Com diversos carismas e especificidades, as ordens e congregações religiosas reflectiram também sobre a realidade escolar e o campo da saúde. “Sentimos dificuldades acrescidas vindas da parte governamental”, afirmou o Pe. Manuel Barbosa.
Os institutos religiosos “não estão desintegrados” do mundo, mas “acredito que o pior está para vir”. Apesar das dificuldades, as congregações estão disponíveis “para ir ao encontro das pessoas e as servir”, garantiu o presidente da CIRP. E acrescenta: “Temos de ir ao encontro das outras portas”.
Para empresário e presidente da ACEGE, António Pinto Leite, a Igreja tem um “bem escasso: a disponibilidade de 11 mil pessoas consagradas” para o Bem Comum. Os “consagrados devem estar concentrados na pastoral e no amor ao próximo” – apelo o presidente da Associação Cristã de Empresário e Gestores.
Ao referir-se ao trabalho dos religiosos, Pinto Leite deixa um alerta: “era importante colocar na rota dos produtores e criadores de riqueza, o sofrimento humano”.
Segundo este elemento da ACEGE era conveniente que todas as dioceses tivessem um padre “agente da mudança”.
A Igreja também tem os seus canais que devem ser aproveitados. “Os Meios de Comunicação têm um papel fundamental”, frisou.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Para onde vais, Igreja? Que dizes de ti mesma?

É uma questão pertinente que muitos, cristãos e não - cristãos, se colocam com frequência. É sobre esta temática que a diocese nos convida a reflectir ao longo deste ano pastoral e na caminhada do sínodo.
É uma questão que surge das inúmeras mutações culturais e sociais do nosso tempo e do ambiente de insegurança e desorientação face ao futuro. No meio deste clima, como reagirá a Igreja, como sobreviverá, por onde caminhará? O mundo dividido, magoado, clama por uma resposta viva e actuante.
A visão que a Igreja tiver de si mesma é fundamental para determinar a sua acção evangelizadora, a sua organização pastoral. E essa visão não precisa de ser inventada, pois está já definida a partir do Evangelho. Contudo pode haver necessidade de a redescobrir e aprofundar, perante as novas situações e os novos desafios com que em cada tempo ela se depara.
A Igreja tem de se redescobrir com mistério de comunhão de Deus com os homens e dos homens entre si, e lutar contra a perda da consciência eclesial, ou seja, a perda da consciência, mesmo entre baptizados, da pertença afectiva a essa mesma Igreja.
E assim, surgem muitas visões desfocadas da Igreja e da paróquia, enquanto primeira forma visível da Igreja, visto que está mais próxima de cada um.
Encontramos a paróquia - estação de serviço, onde se vai comprar o que faz falta: baptismos, casamentos, funerais…; a paróquia - arquipélago, onde se degladiam os grupos, movimentos, confrarias, fechados cada um na sua concha, caminhando por linhas paralelas, sem espírito de comunhão e sem projecto pastoral comum que os una, e imersos em rivalidades mesquinhas, ciúmes doentios…; a paróquia – feudo, onde o pároco é o único senhor e onde se esquece a relação de comunhão pastoral com a comunidade, com as restantes paróquias, com a diocese…
Torna-se, pois, urgente renovar a consciência da dimensão espiritual da Igreja, do nosso ser igreja e da co-responsabilidade pastoral, olhando-a com os olhos da fé e do coração – porque “o essencial é invisível aos olhos, só se vê bem o coração” (Saint Éxupéry) – e redescobrindo-nos todos como membros activos dessa mesma Igreja, como pontífices (construtores de pontes) de comunhão. É que a melhor forma de se ir ao encontro dos outros e de falar de si mesma é construindo pontes e não há tarefa mais bonita que esta, a de estender pontes em direcção aos homens, para lhes levar o coração de Deus, sobretudo num mundo onde parecem crescer os construtores de muros, os cavadores de abismo.
Mas fazer pontes ou fazer de ponte, não é tarefa fácil, pois ser ponte implica fidelidade a duas margens, sem pertencer de facto a nenhuma delas, é renunciar à sua própria liberdade pessoal, promovendo a comunhão. Ou seja, constroem-se pontes quando se percebe que os outros fazem parte de nós e com eles partilhamos alegrias e intuímos sofrimentos e anseios; quando se vê, antes de mais, o que há de positivo no outro, para o acolher e valorizar como dom de Deus; quando se leva o peso do outro, como ponte resistente, connosco. Sem sair de si mesmo, sem amor, não se pode ser ponte.
Ser ponte implica também uma participação activa na vida da comunidade a que se pertence, onde se recebe e se dá, de tal modo que o bem de todos se torna o bem de cada um e o bem de cada um se torna o bem de todos. Como diz S. Gregório “cada um é o apoio dos outros e os outros são o seu apoio”.
Desta forma a visão da Igreja deixará de aparecer desfocada ou deturpada, surgindo alicerçada na participação e co-responsabilidade dos seus membros, na diversidade e complementaridade dos seus dons, funções e ministérios.
É este também o sentir do Papa Bento XVI, quando afirma aos bispos portugueses: “A palavra de ordem era e é construir caminhos de comunhão. É preciso mudar o estilo de organização da comunidade cristã e a mentalidade dos seus membros para se ter uma Igreja ao ritmo do concílio Vaticano II, na qual estejam estabelecidas a função do clero e do laicado, tendo em conta que todos somos um, desde que somos baptizados e integrados na família dos filhos de Deus e todos somos co-responsáveis pelo crescimento da Igreja.”
A Igreja deve, portanto, apresentar-se como aprendizagem para a comunhão que Deus é e oferece e para Quem todos os homens peregrinam. A comunhão, de que a Igreja deve ser sinal, está sempre além da imagem que ela dá ao mundo, mas nela se participa na comunhão de Deus. Por isso, a Igreja deverá ser sempre mais sinal da união com Deus e da unidade entre os homens.

Pe. Luís M. Alves

Todo o mundo viu a dedicação da Igreja da Sagrada Família, em Barcelona, no passado dia 7 de Novembro. Talvez nem todos saibam que a festa da dedicação da Igreja-mãe da nossa Diocese é a 6 de Maio. Estamos a falar de lugares de reunião, de comunhão, de encontro, sinais visíveis e históricos da vivência da fé do Povo de Deus.
No dia 9 de Novembro celebrou-se a Festa da Dedicação da Basílica de Latrão (Roma), que ocorreu no ano 320. É a mãe e a cabeça de todas as Igrejas. Foi a sede dos Papas durante 16 séculos e continua a ser a Igreja própria do Bispo de Roma. A Basílica de Latrão recorda e simboliza a unidade da Igreja, fundada sobre o alicerce de Cristo e a rocha de Pedro. Comemorando a dedicação desta igreja, centro da unidade do Povo de Deus, celebramos o mistério da única Igreja de Cristo. Unindo-se, neste dia, à Igreja de Roma, as Igrejas de todo o mundo reconhecem que Ela continua a manter a “presidência da comunidade” de que falava já Santo Inácio de Antioquia.
Hoje, 18 de Novembro, celebramos a dedicação de duas das mais importantes igrejas da cristandade, a Basílica de S. Pedro, onde se encontra o túmulo do apóstolo Pedro e a Basílica de S. Paulo, situada na estrada de Ostia e onde o apóstolo Paulo foi decapitado. Desde sempre foram considerados centros de peregrinação para os cristãos do mundo inteiro.

SDM

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Centro Missionário Arquidiocesano de Braga (CMAB)

1. Em consonância com os nºs 20 e 21 da recente Carta Pastoral da CEP “Como Eu vos fiz, fazei vós também” – Para um rosto missionário da Igreja em Portugal, constitui-se nesta Arquidiocese o “Centro Missionário Arquidiocesano de Braga (CMAB), com as atribuições e competências sugeridas nos referidos números da Carta Pastoral, nomeadamente: a) promover e coordenar a formação, animação e cooperação missionária de todos os cristãos; b) promover a criação de “Grupos Missionários Paroquiais” (GMP); c) dar a conhecer e dar a estimular à participação em iniciativas missionárias; d) ajudar a estabelecer um conhecimento e relacionamento mais fecundo entre as comunidades locais e os seus missionários; e) velar por um melhor conhecimento, implantação e colaboração com as Obras Missionárias Pontifícias (OMP); f) promover as iniciativas achadas oportunas para sensibilizar e levar os cristãos a viver a sua vocação missionária.
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Famílias cristãs chamadas a dar testemunho dos seus valores


Permanecer fiel àquilo em que se acredita é um desafio cada vez mais exigente



Numa sociedade em que valores como a verdade e a fidelidade parecem cada vez mais relativos, e onde os projectos em comum tendem a ser substituídos pela procura individual de satisfação, cabe às famílias cristãs saberem dar um testemunho radical e corajoso, baseado na Palavra de Deus em que acreditam.
Uma convicção defendida pelo casal Bernardo e Graça Delgado, membros do Departamento Nacional da Pastoral Familiar (DNPF), ligado à Comissão Episcopal do Laicado e da Família.
Em declarações à ECCLESIA, no final da 22ª edição das Jornadas Nacionais da Pastoral Familiar, que tiveram lugar em Fátima, Bernardo Delgado começou por lamentar que, hoje em dia, “a procura de realização seja feita à luz de critérios que nada têm a ver com a essência humana e da família”.
O principal objectivo do DNPF, ao promover estas jornadas de reflexão, era confrontar as pessoas e famílias cristãs com a necessidade de permanecerem fiéis aos valores em que acreditam e não se deixarem ir na maré.
“Hoje em dia é muito fácil seguir a maioria”, realça Graça Delgado, para quem o mais importante é que as pessoas “tenham capacidade de reflexão, para assumirem valores próprios, que pautem os seus comportamentos e opções”.
O grande desafio, para as famílias cristãs, passa não por viver à margem da sociedade actual, mas “olhá-la com o coração, amá-la e fazer propostas”, mesmo que isso signifique “estar, por vezes, contra a maré e sofrer” sublinha a mesma responsável.
Homens e mulheres, maridos e esposas, pais e filhos, cada um na sua dimensão, ninguém pode ficar de fora, se o objectivo principal é a transmissão de valores que revitalizem a família e eduquem as novas gerações.

Para reforçar este apelo à participação de todos, as Jornadas Nacionais da Pastoral Familiar deste ano contaram, pela primeira vez, com a participação dos filhos, crianças e jovens.

“Não podemos mais viver em famílias com pais para um lado e filhos para outro, a caminhada tem de ser conjunta” defende Graça Delgado, para quem esta “é uma necessidade do nosso tempo, pela qual vale a pena luta”.
A 22ª edição das Jornadas Nacionais da Pastoral Familiar decorreu entre os dias 12 e 14 de Novembro, no Seminário do Verbo Divino, em Fátima, dedicada ao tema “A pessoa e a Família: o desafio da verdade”.
Com mais de 200 participantes, aquele evento, organizado pela Comissão Episcopal do Laicado e da Família, procurou reflectir sobre a identidade da pessoa humana, nas suas diversas áreas, quer no plano individual, em casal ou em família.

Fonte - Ecclesia

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Católicos devem estar disponíveis para anunciar a sua fé

Institutos Missionários chamam todos os leigos para assumirem um papel mais activo no anúncio de Deus

Portugal é cada vez mais visto, pelos Institutos Missionários Ad Gentes, como um país de missão, onde se torna urgente anunciar Cristo a uma sociedade distante de Deus e da Igreja.
“É importante despertar cada um a ser testemunha da sua fé, onde quer que se esteja”, sublinha o padre António Farias, em declarações à agência ECCLESIA.
Para o presidente da Animação Missionária dos Institutos Ad Gentes (ANIMAG), há uma mudança que tem de ser feita, a começar pelo papel que os leigos devem desempenhar, dentro da Igreja, nas realidades locais de cada um.
“Temos de crescer na confiança mútua, a Igreja não pode viver estanque, tem que ser aberta, todos temos sempre algo a partilhar”, desafia o sacerdote.
Esta preocupação foi o tema central da Assembleia-geral da Animação Missionária dos Institutos Ad Gentes (ANIMAG), realizada em Fátima, entre os dias 9 e 12 de Novembro.
Um encontro que debateu as linhas mestras do documento “Para um rosto missionário da Igreja”, carta pastoral dos bispos portugueses que foi emitida, precisamente, para motivar a vocação missionária de todos os cristãos.
A criação de centros missionários diocesanos e paróquias, em estreita colaboração com os Institutos Missionários, é uma das soluções que o documento apresenta.
Realçando que já se começam a ver os primeiros centros desse género, em dioceses como Braga e Porto, o padre António Farias sublinha que “o mais importante é que todos esses grupos sejam imbuídos de um espírito dinâmico, criativo, que leve as pessoas a viverem a sua fé e a partilhá-la com os outros, não vivendo apenas para si, mas para os outros”.
Quanto à colaboração que os institutos missionários devem dar, na criação e promoção desses “núcleos de evangelização”, o presidente dos ANIMAG defende uma “ajuda que seja integrada na pastoral local e não uma coisa que venha de cima, sem estar em contacto com aquelas realidades”.
Como exemplo positivo desta colaboração entre os institutos missionários e as paróquias ou dioceses, o sacerdote refere as semanas missionárias, que “têm sido uma peça fundamental para ajudar a uma mudança de mentalidade, procurando que as comunidades “cresçam, na partilha da fé”.
Ao longo da Assembleia-geral dos ANIMAG, que reuniu cerca de 70 pessoas, entre sacerdotes e religiosos, ficou também clara a vontade de todos os institutos missionários aumentarem a comunhão e a partilha de experiências, para o desenvolvimento de acções mais abertas e eficazes junto das diversas comunidades.
Exemplo disso mesmo é um projecto que está a ser organizado pelos ANIMAG, com vista à realização de uma “Exposição Missionária”, em Fátima.
O objectivo desta iniciativa, que deverá ter lugar em Maio de 2011, será abrir a acção missionária às pessoas, ajudando crentes e não crentes a perceberem os diferentes carismas de cada Instituto e a perceberem o que significa a vocação missionária da Igreja.


Fundação Evangelização e Culturas vai apresentar estudo sobre voluntariado missionário

A apresentação de um estudo sobre o impacto da acção do voluntariado missionário nas comunidades locais, dentro dos diversos países de actuação, é um dos projectos mais importantes que a Fundação Evangelização e Culturas (FEC) está a desenvolver para o próximo ano.
De acordo com Ana Patrícia Fonseca, para além desta ser uma forma de a organização se associar ao Ano Europeu do Voluntariado, que se celebra em 2011, é também uma boa maneira de avaliar os frutos do trabalho que tem sido realizado, ao longo dos anos.

“Vamos falar com os voluntários que estão no terreno, também com outros que entretanto já regressaram, para perceber um pouco melhor quais estão a ser os resultados da nossa acção, que conta já com mais de 20 anos” refere a responsável pela Plataforma Voluntariado Missionário, em declarações à agência ECCLESIA.
Perante um volume de trabalho que é, acima de tudo, de carácter prático, o que se pretende é dar-lhe uma abordagem mais científica, que estará a cargo de uma equipa de investigadores da Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, no Porto.
Este projecto foi apresentado na reunião geral das entidades de voluntariado missionário, que se encontram anualmente para avaliar os trabalhos realizados e preparar o novo ano pastoral.
O evento, que decorreu dia 13 de Novembro em Fátima, foi ainda aproveitado para a realização de uma sessão de formação de formadores, sobre “Cooperação para o Desenvolvimento”, que contou com 40 elementos, vindos de várias organizações ligadas ao voluntariado missionário.
Desde 1988, foram já mais de 3500 os voluntários missionários que partiram de Portugal, num movimento que, de acordo com os dados da FEC, tem crescido nos últimos anos.
Para Ana Patrícia Fonseca, independentemente do ano, o principal desafio que se coloca a quem parte é sempre “entrar numa cultura diferente, para que possa conhecer a realidade onde está inserido e a partir daí fazer um trabalho em conjunto com a comunidade”.
Saber interagir com as organizações locais, na busca das soluções ideais para os problemas que cada comunidade de missão apresenta, deve ser uma preocupação fundamental que não pode ser esquecida.
Aqui entra o apoio das congregações religiosas, que marcam presença nos países de missão, e que funcionam como um apoio fundamental aos voluntários missionários.

Fonte - Ecclesia

Uma ajuda para cada país irmão





Oito presentes diferentes, mas a mesma intenção solidária – desafiar todos os portugueses a contribuírem para a melhoria de vida das famílias desfavorecidas, em cada um dos oito países lusófonos.
A iniciativa “Presentes Solidários”, apresentada esta Terça-feira, dia 2 de Novembro, em Lisboa, foi a maneira que a Fundação Evangelização e Culturas (FEC) encontrou para, nos últimos anos, apelar ao coração de Portugal, para que olhe para as dificuldades económicas e sociais que atravessa cada país irmão e colabore para a minimização dos problemas.
Mais educação para Angola, Brasil e Guiné-Bissau, o desenvolvimento agrícola em Cabo Verde e Timor-Leste, o apoio à terceira idade em São Tomé e Príncipe e para recém-nascidos em Moçambique, são os alvos essenciais da campanha 2010, que decorre até dia 6 de Janeiro de 2011.
Ao comprar um presente solidário, o dinheiro será entregue aos diversos parceiros da FEC no terreno: Irmãs Doroteias (Angola), Cáritas Cabo Verde, Comissão Interdiocesana de Educação e Ensino da Guiné-Bissau, Missionários da Consolata (Moçambique e Brasil), Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (Timor-Leste), Associação Mãos Unidas (São Tomé e Príncipe).
Estas instituições são o coração e os olhos desta operação, pois conseguem identificar e avaliar, no terreno, todo o tipo de carências e encaminhar a ajuda necessária, de uma forma mais rápida e eficaz.
A FEC reserva ainda um dos “presentes” para a formação dos voluntários portugueses que, todos os anos, partem em missão para países em desenvolvimento. “Só este ano”, revela a instituição, “foram mais de 300 aqueles que abraçaram o desafio”.
Ao mesmo tempo que dão a sua contribuição, pessoal ou em nome institucional, todas as pessoas que se associarem a esta iniciativa vão receber um postal, relativo ao presente que escolheu apadrinhar.
Essa lembrança “poderá ser oferecida a amigos, colegas ou familiares como um presente de Natal”, sugere a FEC, no site oficial desta iniciativa.
Desde que a campanha “Presentes Solidários” começou, em 2007, já foi possível angariar mais de 12 mil contribuições.
Para além das carências atrás referidas, têm servido para atender as necessidades dos países lusófonos em áreas como o desenvolvimento sanitário e acesso a água potável, o acesso a condições dignas de habitação, a criação de emprego e o apoio à natalidade.





Fonte - Ecclesia

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Sínodo Diocesano: um caminho a descobrir

Nas reuniões, em alguns Jornais, no Boletim Pastoral. Entre outros, começou a falar-se de um Sínodo Diocesano. O que é? Para que serve? Como se faz? Que resultados? Quem o faz?
Estas e mais outras tantas perguntas bailam na mente de algumas pessoas que já se acostumaram a escutar esta terminologia quer a nível diocesano ou mesmo a nível da igreja universal. O caminho é longo e abrange toda a gente. Questiona, interpela, desce ao povo: saber quem somos, o que nos ocupa e preocupa, as metas a que nos propomos. Tudo isto, e muito mais, é caminho a fazer.
Não basta indagar, pois sínodo não é estudo de opinião nem sondagem. Todavia é preciso um conhecimento da realidade para gerar temáticas que nos dizem respeito e às quais temos que dar o sabor do Evangelho.
Por algum tempo, e servindo-nos dos trabalhos e estudos da Comissão pré-Sinodal, iremos dando conhecimento dos passos e reflexões que estão a ser feitos para que, todos, sem excepção, saibamos dar resposta à pergunta que nos é feita: Igreja Diocesana: que dizes de ti mesma?



SÍNODO DIOCESANO: O QUE É? PARA QUE SERVE?


Símbolo do Sínodo

Desde há algum tempo, fala-se de ‘Sínodo’ na nossa diocese. Uma comissão de oito pessoas está a preparar o Sínodo diocesano. Mais de uma centena de pessoas foram inquiridas acerca do Sínodo. Nas reuniões mensais do Clero têm-se prestado esclarecimentos sobre o assunto. Será que o tema já lhe chegou aos ouvidos? É preciso que lhe toque também o coração.

Sínodo’ é uma palavra pouco habitual.
Por isso, não admira que muitos desconheçam a realidade que esta palavra traduz. ‘Sínodo’ tem origem grega, e é composta de dois elementos: Sun (com) e odon (caminho). ‘Sínodo’ significa, pois, caminho com, ou seja, caminhar com alguém, caminhar com outros, pôr-se a caminho, juntar-se a outros. Quem se põe a caminho, tem em vista uma meta, um objectivo, uma finalidade. Quem caminha com outro ou com outros fala e escuta, ajuda e é ajudado, constrói união e, mais ainda, faz comunhão, durante a caminhada.

A Igreja, na sua linguagem, assume este sentido etimológico da palavra ‘Sínodo’, para designar uma assembleia de fiéis cristãos, com uma ou várias metas específicas. Por isso, falamos em ‘caminhada sinodal’. Os cristãos reunidos em Sínodo querem: caminhar juntos, como membros da Igreja; dialogar juntos as questões que dizem respeito à vida e à missão da sua Igreja (anúncio da Palavra de Deus, celebração da fé, testemunho da vida da fé, governo); aprofundar aspectos da fé que devem viver e testemunhar; responder juntos aos desafios que lhe são postos, no âmbito da sua vida e missão, em cada época.

O que é então o Sínodo diocesano?
É uma assembleia ou reunião de sacerdotes e de outros fiéis, no quadro de uma Igreja particular ou diocese. Unidos e reunidos à volta do seu bispo, sacerdotes e outros fiéis (diáconos, pessoas consagradas, sejam religiosos ou religiosas, sejam leigos consagrados, e outros fiéis leigos) procuram: analisar os problemas da vida e da missão da Igreja diocesana; identificar os desafios que deve enfrentar para realizar a sua missão; propor caminhos de actuação, novos ou renovados, no quadro da vida e missão da Igreja diocesana. Assim se faz e exercita a comunhão, para serem mais Igreja, assim se faz e exercita a corresponsabilidade, para responderem aos desafios.

Tudo isto há-de ser levado a cabo, para o bem do todo que é a Igreja diocesana, assim unida, reunida e em comunhão. Todos os fieis cristãos que ousam fazer ‘caminhada sinodal’, isto é, participar no Sínodo – e são propostas várias maneiras de participação, durante a caminhada – hão-de fazê-lo com o sentido de fidelidade ao seguimento de Cristo, de fidelidade ao Evangelho, de Cristo, de fidelidade ao Espírito Santo que conduz a Igreja no seu todo, de fidelidade ao Magistério da mesma Igreja, de fidelidade à missão da Igreja no mundo.

Para que serve o Sínodo diocesano?
O texto acima já o deixa perceber. Explicitando mais, o Sínodo diocesano há-de servir:
1. Para auxiliar o bispo diocesano no desempenho da sua missão específica. O bispo associa os outros fiéis cristãos, sacerdotes, diáconos, religiosos, leigos, ao seu ministério próprio, corresponsabilizando-os na vida e na missão da Igreja diocesana.
2. Para assumir os desafios pastorais que as pessoas do nosso tempo e a nossa sociedade colocam a esta Igreja diocesana.
3. Para propor caminhos novos ou renovados, a serem percorridos, no quadro da vida e da missão da Igreja diocesana.
4. Para fortalecer a consciência do que é a Igreja diocesana, no desígnio de Deus.

Pe. Bonifácio Bernardo

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Semana dos Seminários


Oração

Jesus Cristo, Bom Pastor
que dás a vida pelas Tuas ovelhas.
Tu és o Filho muito amado do Pai,
Tu és o nosso Mestre e Salvador.

Faz dos nossos seminários
Comunidades de discípulos,
Sementeiras de Amor,
de serviço e de entrega radical pelo Teu Reino;
sinais de esperança de um futuro de vida verdadeira,
em abundância para todos.

Fortalece e ilumina
no discernimento vocacional os nossos seminaristas;
confirma nos dons do Espírito Santo os seus formadores;
enche de generosidade e espírito de serviço
os auxiliares que com eles trabalham.

Recompensa e abençoa os benfeitores,
que com a oração e partilha de bens, zelam pela missão;
ampara o nosso Bispo e os nossos párocos,
para que sejam sempre fiéis ao dom do seu sacerdócio;
desperta a generosidade e a coragem dos nossos jovens
para Te seguirem e concede às nossas famílias o dom de
Te proporem como caminho, verdade e vida...

Nós Te pedimos por intercessão de Nossa Senhora,
Tua e nossa mãe…

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Semana dos Seminários


Mensagem do Reitor do Seminário Diocesano - Cónego Emanuel Silva

Senhor, Quero o que Tu queres...
...A profecia de esperar vocações sacerdotais


A Igreja vive mais uma vez, este ano entre 7 e 14 de Novembro, a já habitual Semana dos Seminários. É a ocasião de rezar pelo Seminário e de com ele fazer alguma partilha. E é a ocasião e a oportunidade de relançar o desafio da reflexão sobre as vocações ao Sacerdócio ministerial na Igreja e sobre os contextos em que se formam os novos padres.

Cada vez que reflectimos o Seminário olhamos sempre para ele como uma continuidade daquela primeira comunidade que os discípulos formavam com Jesus. Foram chamados a partir das suas vidas normais por Jesus que passava e tinha para eles um projecto de vida, seguiram-n’O, andaram com Ele, ouviram as sua palavras, contemplaram as suas acções, confrontaram-se e debateram-se com as necessidades da mudança das suas vidas, acolheram a radicalidade do chamamento e acolheram, sobretudo, o dom do Espírito para a missão como arautos de Cristo ressuscitado. Em novas coordenadas de tempo, espaço e cultura, os nossos Seminários são o ambiente em que muitos jovens recolocam hoje esses mesmos dinamismos.

Sempre que se fala dos Seminários reflecte-se também o número de jovens que neles entra e que, depois, abraça o Sacerdócio. Não sendo redutível a números ou a meras estatísticas, a vida cristã pode encontrar neles, contudo, uma evidência iniludível, um desafio e uma oportunidade. E, na nossa Diocese, a evidência, brutalmente irrefutável, dos números assusta. Não conseguimos dar o justo descanso aos Sacerdotes que, se o desejassem, já o mereciam e também não temos conseguido chamar muitos jovens ao Seminário e ao Sacerdócio.


Os nossos Seminaristas



O que de bom pode ter o “susto” é que, quando não nos imobiliza, nos torna mais atentos e dispertos. E, fruto de muitas coisas e, sobretudo, da Graça de Deus, temos um pequeno grupo no Pré-Seminário que todos os meses se encontra no Seminário de Alcains e temos em Lisboa – no itinerário de formação dos Seminários de S. José e dos Olivais em conjugação com a Universidade Católica – três Seminaristas: o Miguel Coelho (de Montalvo) no tempo propedêutico; e o Miguel Serra (de Nisa) e o Pedro Dias (de Castelo Branco) no 1º ano do curso teológico. No próximo ano, querendo Deus e os homens ajudando, entrará no tempo propedêutico mais um jovem da nossa Diocese até agora em discernimento no Pré-Seminário.

Nego-me, pois, a acreditar que Deus não chame mais jovens para O seguirem e O servirem na Igreja. A crise, se existe, não é de chamamento. É de resposta! Deus continua a chamar mas há falta de quem responda com a entrega da vida.

Se não se pode interrogar a desertificação populacional e social dos nossos territórios geográficos, se não se pode interrogar a liberdade das escolhas pessoais por outros caminhos que não o sacerdotal, podemos, ao menos, seguramente, interrogar o tipo de instrumento de transmissão da fé que, enquanto comunidades de Igreja, somos e fazemos presente.

Toda a vocação é uma história de liberdade em processo de oferta até ao dom total de si. Sempre em liberdade. Não há nada mais forte do que uma liberdade cativada e entusiasmada. E o mais bonito da liberdade é que, precisamente quando reconhece sentido num projecto ou faz a experiência do amor, tem uma ousadia de resposta e de compromisso fortíssimos. Ninguém pode responder em vez de ninguém e ninguém tem vocação em vez de ninguém. Mas todos podemos ajudar a que cada pessoa descubra o melhor da vida e o melhor que tem em si e para dar.


A Família



Seguramente que a renovação dos nossos quadros vocacionais passará pela renovação das famílias enquanto escolas de valores, escolas de oração, escolas de fidelidade e de amor, escolas de alargamento de horizontes, escolas de obediência e de confiança, de misericórdia e de caridade. Seguramente que sim.

Mas, e por anda a experiência da grande família que somos como Igreja, a grande família de Deus!? Teremos perdido, por falta de fé e de oração (à qual adicionaríamos a meditação da Palavra, a fidelidade, o testemunho, a entrega) a capacidade de sermos escola de oração, de fidelidade e de amor, de obediência e de confiança, de misericórdia e de caridade!? Teremos tido a tentação de reduzir a Igreja apenas a uma factor e fenómeno sociológico!? Mas a vocação a ser Igreja e a vocação ao sacerdócio não se resumem a algo apenas do foro sociológico. Não se pede a um jovem que seja padre por favor como não se pede a um jovem que seja pai por favor ou que seja feliz por favor. O núcleo da proposta vocacional tem de brotar de outro dinamismo. Pode brotar de muitas maneiras e por muitos e diversificados caminhos mas, na sua maior profundidade, é sempre oferta e dom de si. É fruto e expressão da nossa própria vitalidade cristã desinibida, ousada, alegre, com sentido, com profundidade. A proposta vocacional não é um convite a reduzir perspectivas ou a estreitar horizontes. É antes um convite a confiar em Deus, a alargar os horizontes n’Ele e pela perspectiva do seu olhar sobre o mundo e sobre o próprio homem. Quem hipotecaria o seu futuro por uma proposta frouxa, sem garra, sem alegria e sem fé?! E como seremos nós, Igreja, capazes de entusiasmar genuína e autenticamente os nossos jovens por Jesus Cristo ao ponto de darem por Ele as suas vidas?

Como é que cada um se perspectiva em relação à vocação ao Sacerdócio ministerial? Que palavras escolhe cada um quando chega a hora de reflectir o mesmo Sacerdócio e de o dizer aos outros? Com que entusiasmo, alegria e sentido se reflectem as vocações (e em particular a Sacerdotal) nos contextos em que cada um é responsável? Que reacção pública e privada se tem diante das

propostas da Igreja diocesana? O que se espera individual e comunitariamente do padre? Com que coragem se é capaz de propor a vocação sacerdotal como possibilidade a um jovem? Como se têm ajudado os jovens que tenham confidenciado viver com uma interrogação vocacional? O que conta mais nas nossas decisões, o bem da Igreja ou o nosso pequeno grupo?
A Diocese e as Vocações


A nossa Diocese tem Famílias Cristãs, tem Presbíteros, tem Leigos cristãos empenhados, tem Ministros Extraordinários da Comunhão, Ministros da Celebração na ausência de Presbítero, Professores de Religião e Moral e Professores cristãos, Animadores e Líderes de Grupos, Movimentos variados e Organismos paroquiais diversificados, Catequistas, Escuteiros, Grupos de Jovens, Religiosos e Religiosas, Diáconos Permanentes (e em trânsito), Visitadores de Doentes, Centros Sociais paroquiais, Animadores da Liturgia, Coros e chefes de Coro, Zeladoras de Altares, Grupos de reflexão do Plano Pastoral, imensos Sec

retariados e/ou Departamentos, Adoradores do Santíssimo Sacramento, Institutos seculares e de Vida Consagrada, Acólitos, Sacristães, etc, etc.
Como é que cada um se perspectiva em relação à vocação ao Sacerdócio ministerial? Que palavras escolhe cada um quando chega a hora de reflectir o mesmo Sacerdócio e de o dizer aos outros? Com que entusiasmo, alegria e sentido se reflectem as vocações (e em particular, a Sacerdotal) nos contextos em que cada um é responsável? Que reacção pública e privada se tem diante das propostas da Igreja diocesana? O que se espera individual e comunitariamente do padre? Com que coragem se é capaz de propor a vocação sacerdotal como possibilidade a um jovem? Como se têm ajudado os jovens que tenham confidenciado viver com uma interrogação vocacional? O que conta mais nas nossas decisões, o bem da Igreja ou o nosso pequeno grupo?
Faz-te ao largo!

No início da sua pregação, Jesus, depois de ter falado às multidões a partir da barca, disse a Pedro: faz-te ao largo e lança as redes (Lc 5, 4 s). O Apóstolo e os primeiros discípulos confiaram na Palavra de Cristo e deitaram as redes. E, tendo-o feito, diz o Evangelho, “apanharam uma grande quantidade de peixe “.

Para chegarem um dia ao Presbitério, às Comunidades paroquiais, aos diversos organismos e serviços, os padres têm de nascer, precisamente, do cuidado e da oração do Presbitério, da atenção e da oração das Comunidades paroquiais, da oração e da experiência de comunhão de todos os organismos e serviços.

Hoje, na Igreja, é profético tomar a sério o chamamento de Deus e esperar vocações ao Sacerdócio ministerial.


Publicado em no antigo site do SDM em 5 de Novembro de 2010