segunda-feira, 18 de julho de 2011

Voluntariado: Leigos para o Desenvolvimento apostam em novas parcerias

Instituição católica, que desenvolve ações humanitárias em diversos países lusófonos, procura apoios para não ficar refém da crise



A Organização Não Governamental Leigos para o Desenvolvimento (LD) realizou este fim de semana um “Arraial Africano” para angariar fundos destinados a projetos humanitários em Timor, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique.
“A sustentabilidade é o nosso maior problema, temos um orçamento ainda muito dependente das organizações estatais e, num contexto de crise, precisamos de encontrar novas formas de financiamento”, realçou Daniela Vieitas, membro da direção dos LD, em declarações prestadas hoje à Agência ECCLESIA.
A assinalar 25 anos de existência, a instituição não quer ficar refém das dificuldades económicas que o país atravessa, apostando em parcerias com a sociedade civil, “cativando pessoas individuais e empresas”.
O “Arraial Africano”, realizado dia 16 de julho nas instalações do Centro Universitário Padre António Vieira, em Lisboa, foi apenas mais um reflexo desse objetivo.
Cerca de 120 pessoas tiveram oportunidade de passar um dia com muita animação, música, dança e gastronomia africana, deixando em troca um donativo global na ordem dos 1200 euros.
Para Daniela Vieitas, trata-se de “um grãozinho de ajuda”, mas que no conjunto das iniciativas se revela “precioso” para dinamizar os diversos planos que a LD tem em mente, para os próximos anos.
Já a partir de setembro, vai ser enviado um grupo de voluntários para uma nova missão em São Tomé e Príncipe, na zona de Porto Alegre, uma das mais isoladas do país.
“A nossa intervenção vai ser feita ao nível da educação, creche e ensino primário, e formação para jovens e adultos, especialmente em áreas como gestão ou culinária, focadas na possibilidade de potenciar esta zona ao nível turístico”, revela aquela responsável.
Os LD esperam reunir apoios suficientes para não terem de passar pela mesma situação do ano passado, em que “a escassez de verbas levou à redução do número de voluntários no terreno”.

JCP
Fonte - Ecclesia -