segunda-feira, 20 de junho de 2011

Dia do refugiado

Igreja/ONU: Vaticano lembra 44 milhões de refugiados


Celebração de Dia Mundial promovido pelas Nações Unidas chega também a Portugal

ACNUR
Cidade do Vaticano, 20 jun 2011 (Ecclesia) – A Santa Sé deixou hoje um alerta em favor dos 44 milhões de refugiados em todo o mundo, particularmente pelas crianças que vivem em campos, “muitas das quais não conhecem outra realidade”.
Em declarações à Rádio Vaticano, o presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, Antonio Maria Vegliò, destacou em particular a situação na República Democrática do Congo, referindo que na parte leste do país há “mais de um milhão e setecentos mil deslocados, por causa da guerra”.
No Dia Mundial do Refugiado, o arcebispo italiano referiu que nos últimos 12 anos mais de 5,5 milhões de pessoas “morreram como consequência das contínuas violências militares”.
O responsável da Santa Sé recordou ainda a situação no Darfur, região ocidental do Sudão, falando em “milhares de pessoas que vivem em campos de refugiados”.
Segundo um relatório do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), hoje publicado, o número de refugiados, requerentes de asilo e deslocados não para de aumentar no mundo e chegou a 44 milhões de pessoas em 2010.
80% destas pessoas encontram-se hoje nos países em desenvolvimento e mais de um quarto da população de refugiados - cerca de 16 milhões em todo o mundo - encontra-se em três países: Paquistão, Irão e Síria.
Este domingo, Bento XVI evocou a celebração do dia dos refugiados, pedindo aos líderes políticos para garantirem uma estadia com dignidade aos que “são perseguidos e forçados a fugir dos seus países”.
O Papa falava na pequena república de São Marino, vizinha da Itália, que nos últimos meses recebeu muitas pessoas vindas da Tunísia e da Líbia.
“No ano em que se comemora o 60.º aniversário da Convenção Internacional que protege todos os que são perseguidos e forçados a fugir dos seus países, convido todas as autoridades civis e todas as pessoas de boa vontade a garantirem o acolhimento e condições de vida dignas aos refugiados para que possam regressar à pátria livremente e em segurança”, apelou.
A nível mundial, o ACNUR assinala este dia com o lançamento de uma nova campanha de sensibilização da opinião pública, intitulada «One» (um).
O objetivo é passar a mensagem de que "Um refugiado sem esperança já é demais" que se liga com o apelo "Faça uma coisa!" da atriz Angelina Jolie, embaixadora da boa vontade do ACNUR.
Em Portugal, o Conselho Português para os Refugiados (CPR) celebra 20 anos de atividade sob o mote «Um refugiado sem esperança já é demais».
O dia começa com uma concentração de chapéus de chuva, pelas 12h00, no Largo de São Domingos, no Rossio, Lisboa, que “visa chamar a atenção para a problemática dos refugiados”, segundo comunicado enviado pelo CPR.
Outra ação prevista é a inauguração do mural «CPR 20 anos», marcada para as 18h00, no espaço «A criança», na Bobadela, Loures, que conta com a presença da presidente do CPR, Teresa Tito Morais.
As celebrações terminam com um sarau no Centro de Acolhimento para Refugiados da Bobadela, pelas 21h00, durante o qual vai ser mostrada uma mensagem em vídeo do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, o português António Guterres.
OC
Fonte -  Ecclesia

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Missão em Ponte de Sor já Mexe


Dando continuidade a uma das actividades que o Grupo Missionário Ondjoyetu mantém já desde o ano 2002, começaram as reuniões de preparação próxima da semana missionária que terá lugar em Ponte de Sor, diocese de Portalegre-Castelo Branco.
Após vários anos seguidos de semanas missionárias realizadas em algumas das paróquias que estão ao cuidado pastoral dos padres Paulo Dias e Rui Rodrigues, este ano o grupo foi convidado pelo P. Agostinho Sousa, da congregação dos padres Vicentinos, a estar presente nas suas paróquias.
No passado dia 30 de Maio teve lugar uma primeira reunião de preparação em Ponte de Sor (a que se refere a presente fotografia) que serviu para delinear, em traços gerais, os objectivos e actividades e implementar na referida semana. Confirmou-se a data de 6 a 15 de Agosto para esta actividade.
O grupo que se prepara para partir para esta missão é composto por doze pessoas e teve ontem a sua primeira reunião preparatória.
Este ano contamos com a presença da irmã Susana, das irmãs Filhas de Santa Maria de Guadalupe, da mesma congregação da irmã Nancy que durante muitos anos foi a alma e grande animadora desta actividade missionária e que, mesmo estando lá longe no México, não deixa de estar presente connosco através do exemplo e testemunho que nos deixou.
Agradecemos à irmã Nancy tudo o que fez e continua a fazer por este grupo missionário e também à irmã Susana por se ter disponibilizado para esta colaboração.
Muita coragem para este grupo e a nossa preparação continua.
Um abraço.
P. Vítor Mira

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terça-feira, 7 de junho de 2011

Voluntariado e Missão



JORNADAS MISSIONÁRIAS NACIONAIS

2011 é o Ano Europeu do Voluntariado e este é uma das expressões mais históricas e mais evangélicas do testemunho cristão. O ‘dar de graça o que de graça se recebeu’ é um apelo que atravessou os dois mil anos de história do Cristianismo, deixando um rasto de serviço, sobretudo, a favor dos mais pobres. Ao assumir o tema ‘Voluntariado e Missão’, as Jornadas Missionárias Nacionais, a realizar na igreja da Santíssima Trindade, (Cripta – Convívio Santo Agostinho) de 16 a 18 de Setembro, querem dar o seu contributo à reflexão sobre a gratuidade do serviço da Igreja aos mais desfavorecidos das nossas sociedades.

Programa
As três grandes conferências tentam abranger as três grandes dimensões do Voluntariado hoje: ‘Voluntariado e desafios de cidadania’ abordará o sentido mais amplo desta disponibilidade para estar ao serviço da comunidade; ‘Voluntariado e nova consciência social’ trará uma abordagem mais focada nas experiências de Igreja no âmbito do serviço social que a Igreja presta; ‘Voluntariado com Missão’ incide na missão dos leigos que deixam a sua terra, a sua família e as suas seguranças aqui para oferecerem um, dois ou mais anos de vida numa Missão fora de portas.
Haverá três painéis de testemunhos em primeira pessoa, partilhando o Voluntariado que se faz nos compromissos sociais, na evangelização aqui e na missão lá fora.
Num tempo marcado pelo lucro, pelo sucesso e por uma perspectiva de vida individualista, o Voluntariado é um grande serviço prestado à humanidade, é um sinal de amor aos outros, sobretudo aos mais excluídos do nosso mundo.

Voluntariado Missionário
O Voluntariado Missionário está a fazer, em Portugal, uma ‘revolução silenciosa’ na Igreja e na sociedade, por diversas razões. A primeira é porque se dá um legítimo protagonismo aos leigos que também têm o direito (e o dever) de partir para aquelas que foram chamadas as ‘linhas da frente da Missão’, outrora um exclusivo para membros consagrados de Institutos Missionários; o voluntariado missionário está a fazer uma revolução na Igreja porque envolve mais as famílias, as sociedades e as comunidades paroquiais. Hoje, com a partida de leigos, as famílias sentem-se envolvidas, umas apoiam e outras colocam dificuldades, mas o certo é que ninguém fica indiferente.

E – talvez o mais significativo – na hora do regresso, a partilha do testemunho e o envolvimento de familiares e amigos em projectos, faz com que a missão fique mais próxima das pessoas. O anúncio deste Evangelho libertador de todas as formas de opressão ganha um impacto mais forte quando os leigos se envolvem de alma e coração e levam para a missão o que sabem fazer e a fé que lhes vai no coração.

O Voluntariado Missionário é, na actualidade, um dos rostos mais visíveis da intervenção criativa da Igreja na evangelização, sobretudo com a participação dos jovens.
Hoje há cerca de 40 instituições que preparam, enviam e acolhem no regresso Leigos (jovens e menos jovens) que partem em Missão. Há uma nova onda missionária que não rebenta com a antiga, mas ajuda a aumentar o dinamismo no mar da Missão hoje.

Pe. Manuel Durães Barbosa, CSSp
Director Nacional OMP
In ‘Contacto svd’

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Natureza e peregrinação

O padre José Antunes da Silva é missionário do Verbo Divino, um apaixonado pelas peregrinações e profundo conhecedor do Caminho de Santiago. Em entrevista à Agência ECCLESIA dá a perceber o encantamento de caminhar entre a Natureza e de como este tempo quaresmal também pode ser uma peregrinação.


O padre José Antunes da Silva é missionário do Verbo Divino, um apaixonado pelas peregrinações e profundo conhecedor do Caminho de Santiago. Começou com um grupo de universitários a caminhar para se distanciar dos ruídos da cidade e nunca mais parou…
Em entrevista à Agência ECCLESIA dá a perceber o encantamento de caminhar entre a Natureza e de como este tempo quaresmal também pode ser uma peregrinação com subidas e descidas, pontes e riachos, sol ou chuva…

Agência ECCLESIA – Fazer uma peregrinação nasceu de algum sonho? E porque é que a primeira foi a Santiago de Compostela?
José Antunes Silva – Eu sempre gostei de andar a pé no meio da Natureza… e Santiago dada a proximidade e o local que é, como um centro que ao longo dos séculos atraiu peregrinos de todo o Mundo pela a existência do túmulo do apóstolo Tiago. Além disso a distância permitiu que fossem peregrinações com um número razoável de dias que permitiam entrar num ritmo mais calmo, de contacto com a natureza que é muito libertador para quem vive o ano todo no meio do trabalho, do stress e do ruído da cidade.
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quarta-feira, 1 de junho de 2011

29 de Maio em Fátima: dois grandes grupos em peregrinação anual

O colorido da tradição do folclore de Portugal esteve esta manhã em Fátima, naquela que foi a 9ª edição da Peregrinação da Federação do Folclore Português (FFP) a este santuário.
A organização anunciou a presença de 12 mil pessoas de 156 grupos folclóricos, representativos de todas as regiões do país e como intenção principal para esta peregrinação pedir a Deus e a Nossa Senhora protecção para o povo português. Como intenção particular, este grupo rezou em Fátima para que as várias comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo trabalhem “com entusiasmo, amor e dedicação ao próximo”.

O outro grande grupo em Fátima foi o da 28ª Peregrinação da Diocese de Portalegre-Castelo Branco. Anunciaram-se cerca de 3.500 pessoas, acompanhadas pelo bispo diocesano, D. Antonino Dias.
A Eucaristia, às 11:00, no Recinto do Santuário, foi ponto alto do programa destes dois grupos e de outros 44 que se anunciaram em Fátima neste domingo.
D. Antonino Dias presidiu à missa. Concelebraram o bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco, D. Augusto César, e vários sacerdotes e foi transmitida pela RTP.
Durante a homilia, D. Antonino Dias exortou à evangelização. “A evangelização continua a ser o primeiro serviço à Igreja e à humanidade”, disse, sublinhando que “há que falar de Jesus”, porque “Ele é o centro do cosmos, da história, o filho de Deus, o salvador do mundo”. Destacou ainda que um santuário “é um sinal da presença salvífica de Deus na história”, é o local onde o povo “se revigora”, onde “se renovam os compromissos assumidos ao longo da vida”.
No momento do ofertório, subiram ao altar o pão e o vinho para a consagração, mas também, pelas mãos de membros dos grupos e ranchos de folclore, várias ofertas bem distintivas de cada região do país, entre as quais produtos agrícolas, da pastorícia e de artesanato.

Homilia de D. Antonino - Aqui