domingo, 13 de março de 2011

Mãos à obra Sínodo diocesano abrirá a 5 de Outubro, na Sé de Portalegre

1. A preparação do Sínodo que avança
No período de preparação do Sínodo Diocesano, a nossa Igreja vai fazendo caminho. O programa deste Ano Pastoral convida-nos a reflectir a partir da pergunta fundamental: “Igreja Diocesana, que dizes de ti mesma?” Os grupos paroquiais de reflexão dos temas do guião vão-se deixando penetrar do espírito de renovação necessária e de comunhão mais concretizada. O Senhor Bispo terminará nos meados de Abril próximo a sua Visita Pastoral a todas as paróquias da nossa Diocese (161, no total), depois da sua chegada aqui, em Outubro de 2008, criando comunhão, descobrindo e apontando os sinais de Deus nas pessoas. A Comissão designada para o efeito tem preparado os caminhos do Sínodo, a percorrer pelos cristãos da nossa Igreja. O Conselho Pastoral e o Conselho Presbiteral renovaram, nas reuniões de Fevereiro, a sua adesão às propostas imediatas de caminhada sinodal.
Bem sabemos que o Sínodo diocesano é, antes de mais, obra de Deus; mas também é obra nossa, pois é através de nós que, interpretando os sinais da presença d’Ele entre nós, lhe darmos forma e concretização. A oração, o trabalho de cada um e o de todos são indispensáveis.

2. Sínodo, experiência da Igreja que somos
O Sínodo, em todas as suas fases, tem de possibilitar e ser experiência de Igreja, que procura e quer ser fiel à missão que Cristo lhe confia, hoje. O Sínodo é obra da Igreja, mas é obra de Deus também. Deus é chamado a intervir por vontade desta Igreja que somos, desta igreja concreta, com inquietações precisas, com dúvidas e hesitações, mas também com certezas e convicções. Deus continua a falar-nos através de sinais, na sua Igreja e no mundo dos homens a que é enviada, hoje.
Por um lado, o Sínodo requer avaliação do que a nossa Igreja tem feito e faz, isto é, dos seus programas, dos meios utilizados, isto é, dos seus agentes sobretudo, dos resultados obtidos, isto é, da sua eficácia, mas também da fidelidade à missão; por outro lado, convidamos a priorizar o que há que fazer de modo diferente, a buscar os instrumentos mais adequados de trabalho, sobretudo a classificar os cristãos como cristãos, a olhar e a amar o mundo de hoje, porque Deus continua a amá-lo e Cristo dá por ele a vida.
Sínodo quer dizer também Igreja que se quer renovada, através de uma conversão interior sincera. Esta conversão, em contexto eclesial, tem expressões visíveis no trabalho comum: passagem de atitudes meramente passivas, sempre à espera de que sejam os outros a começar, para comportamentos activos, com iniciativa pessoal e congregadora; passagem da acção individualista ou gregária para acções mais comunitárias; passagem da crítica de quem se coloca ‘de fora’, para a apresentação de propostas mobilizadoras, colocando-se ‘dentro’; passagem de desânimo estiolante face às dificuldades para o empenho convicto; passagem da resistência ao que é novo e conhecido para a ousadia da surpresa; passagem da pastoral de manutenção para a pastoral missionária.

3. Trabalhos imediatos comuns

- O desdobrável sobre o Sínodo - Responde a várias perguntas iniciais. Começou já a ser distribuído nas paróquias. Os párocos e os leigos disponíveis para o efeito, divulgá-lo-ão e explicá-lo-ão, tendo em vista a informação e a mobilização do maior número.

- O inquérito por questionário - O seu conteúdo e importância será explicado pelos membros da Comissão pré-sinodal, em encontros de âmbito arciprestal, aos párocos e leigos convidados, entre 11 e 12 de Março. Estes, párocos e leigos, explicarão o seu conteúdo e importância - selecção de assuntos a tratar no Sínodo - a grupos nas paróquias. Durante o mês de Maio, será distribuído e explicado a todos, preenchido por quem quiser, devolvido à Comissão pré-sinodal, que, em Junho, tratará os dados recolhidos e, em diálogo com o Senhor Bispo, seleccionárá os assuntos a reflectir, nos grupos sinodais.

- Grupos sinodais - Até ao final de Setembro, serão constituídos os grupos sinodais nas paróquias. Os grupos de reflexão existentes, com experiência de vários anos, poderão continuar ou ser renovados; poderão ser constituídos novos grupos, de outra ordem. Nos grupos sinodais serão reflectidos os assuntos seleccionados, a partir do inquérito, e deles sairão os representantes que tomarão parte nas Assembleias Sinodais. Destes trabalhos dependem os frutos do Sínodo!

P. Bonifácio Bernardo